Santa Morte

Que santa, que nada,
quero te matar!

Uma faca em minha mão,
um giro de pulso
e nunca mais paras de sangrar...
Morres aos poucos,
diluindo, morte vermelha e silenciosa!

Só quero que fiques em silêncio,
a morte é solenidade
e assim o exige!

Deixe que eu fique aqui,
olhando o chão ganhar novo tom.
Deixe que eu imagine o que se passa dentro do teu olho,
e por favor não piscas,
não quero perder um só segundo
de sonhos que nunca se realizarão!

Querias se encontrar com o teu interior?
Antes de morrer olha pro teu sangue,
é o mais próximo que chegarás.